A origem do carnaval baiano é a mesma de
todos os carnavais comemorados nas áreas urbanas brasileiras no início do
século XX. Como: blocos, cordões e
sociedades carnavalescas eram espalhados em todo o estado. As manifestações
mais populares eram concentradas na Baixa do Sapateiro, onde a grande diversão
era fazer brincadeiras muito próximas as do entrudo. Mas, é na década de 50 que
o carnaval baiano começa a tomar a forma que conhecemos hoje - com foliões se
divertindo atrás de carros de som, que posteriormente, seriam batizados de
trios elétricos.
O termo trio elétrico é o nome pelo qual é
chamado o caminhão adaptado com aparelhos de sonorização com estrutura para
shows de aproximadamente sete horas. O carro que deu origem ao que chamamos de
trio elétrico hoje foi criado pelos amigos Adolfo Antônio do Nascimento (Dodô)
e Osmar Alvares Macedo (Osmar), no ano de 1950. Osmar, que era proprietário de
uma oficina mecânica, decidiu decorar um Ford 1929 com vários círculos
coloridos, como se fossem confetes e colou uma placa com os dizeres "Dupla
elétrica". Dodô montou uma fonte que foi ligada à corrente de uma bateria
de automóvel, que alimentava o funcionamento dos alto-falantes instalados no carro.
A dupla saiu no domingo de carnaval pelas ruas de Salvador e arrastou milhares
de folião. A partir de então, novos trios elétricos surgiram no carnaval de
Salvador.
Na
década de 60, a Prefeitura de Salvador começou a promover concursos de trios
elétricos, assim, os desfiles dos trios se tornava tradição na Bahia. Isso
permitiu que no decorrer dos anos, os carros fossem aperfeiçoados e já na
década de 80 existiam trios com palcos giratórios e elevadores automáticos.
No início da década de 1990, o carnaval de
Salvador passa a ser profissionalmente comercializado e atrai dezenas de
patrocinadores. A partir de então, novos ritmos passaram a fazer parte da
festa, como o pagode e a música afro, um dos ritmos mais tocados no carnaval é
o axé. Para organizar o público de cada bloco carnavalesco foram criados os
abadás, camisas identificadas com os nomes e cores de cada bloco, que dão
direito aos foliões brincar dentro das cordas.
Aqueles que não possuem abadas, também lhes são
dado direito de brincar o carnaval. Batizados, assim, de pipoca, esse público
curte o carnaval do lado de fora dos trios e pode acompanhar o artista de sua
preferência ao longo do circuito. Assim, é o carnaval baiano.
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