quinta-feira, 4 de julho de 2013

CARNAVAL: A MAIOR MANIFESTAÇÃO POPULAR



A origem do carnaval baiano é a mesma de todos os carnavais comemorados nas áreas urbanas brasileiras no início do século XX.  Como: blocos, cordões e sociedades carnavalescas eram espalhados em todo o estado. As manifestações mais populares eram concentradas na Baixa do Sapateiro, onde a grande diversão era fazer brincadeiras muito próximas as do entrudo. Mas, é na década de 50 que o carnaval baiano começa a tomar a forma que conhecemos hoje - com foliões se divertindo atrás de carros de som, que posteriormente, seriam batizados de trios elétricos.



O termo trio elétrico é o nome pelo qual é chamado o caminhão adaptado com aparelhos de sonorização com estrutura para shows de aproximadamente sete horas. O carro que deu origem ao que chamamos de trio elétrico hoje foi criado pelos amigos Adolfo Antônio do Nascimento (Dodô) e Osmar Alvares Macedo (Osmar), no ano de 1950. Osmar, que era proprietário de uma oficina mecânica, decidiu decorar um Ford 1929 com vários círculos coloridos, como se fossem confetes e colou uma placa com os dizeres "Dupla elétrica". Dodô montou uma fonte que foi ligada à corrente de uma bateria de automóvel, que alimentava o funcionamento dos alto-falantes instalados no carro. A dupla saiu no domingo de carnaval pelas ruas de Salvador e arrastou milhares de folião. A partir de então, novos trios elétricos surgiram no carnaval de Salvador.



 Na década de 60, a Prefeitura de Salvador começou a promover concursos de trios elétricos, assim, os desfiles dos trios se tornava tradição na Bahia. Isso permitiu que no decorrer dos anos, os carros fossem aperfeiçoados e já na década de 80 existiam trios com palcos giratórios e elevadores automáticos.
No início da década de 1990, o carnaval de Salvador passa a ser profissionalmente comercializado e atrai dezenas de patrocinadores. A partir de então, novos ritmos passaram a fazer parte da festa, como o pagode e a música afro, um dos ritmos mais tocados no carnaval é o axé. Para organizar o público de cada bloco carnavalesco foram criados os abadás, camisas identificadas com os nomes e cores de cada bloco, que dão direito aos foliões brincar dentro das cordas.

Aqueles que não possuem abadas, também lhes são dado direito de brincar o carnaval. Batizados, assim, de pipoca, esse público curte o carnaval do lado de fora dos trios e pode acompanhar o artista de sua preferência ao longo do circuito. Assim, é o carnaval baiano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário